Especial Oscar 2016 - Melhor Filme.
Post especial para os indicados a Melhor Filme do Oscar 2016.
A história chocante e reveladora de Spotlight, as atuações excelentes e direção competente de Tom McCarthy, certamente merecem a indicação a categoria de Melhor Filme.
As mais de duas horas de filme passam rapidamente e ao final fica a vontade de saber ainda mais sobre os casos e sobre o que foi feito. Enquanto os jornalistas descobrem mais e mais histórias tristes e perturbadoras, a raiva só aumenta. Vivenciar o processo de dentro da redação garante isso. Saber que a história é real e que nada foi feito durante anos é desconcertante.
Se o filme merece o Oscar? Com certeza. Não apenas pelas atuações, direção, edição e produção, mas pela história que merece destaque. Pessoalmente, é um dos meus favoritos.
O Regresso
“Hugh Glass parte para o oeste americano disposto a ganhar
dinheiro caçando. Atacado por um urso, fica seriamente ferido e é abandonado à
própria sorte pelo parceiro John Fitzgerald, que ainda rouba seus pertences.
Entretanto, mesmo com toda adversidade, Glass consegue sobreviver e inicia uma
árdua jornada em busca de vingança.”O Regresso é uma viagem intensa, de tirar o fôlego, que se passa no meio de uma “guerra” por peles. Cenas fortes, mortes e muito sangue são o que mais lhe aguarda nessa obra. Alejandro Iñárritu não desaponta na direção e Leonardo DiCaprio impressiona na pele de Glass. Todos os atores embarcaram muito bem na onda do século XIX. O desespero é crescente e o final deixa suas dúvidas.
O Regresso é o grande favorito ao prêmio, e é meu outro favorito.
Esse é o filme que mais requer atenção entre os indicados, pelo simples fato de falar sobre a crise de 2008. Cheio de termos, nomes e números que podem se confundir entre si, é melhor buscar uma base antes de assistir. O longa impressiona por ser uma adaptação de um livro de economia, concorrendo também ao prêmio de Melhor Roteiro Adaptado (prêmio que eu acredito já estar ganho).
“Joy e seu filho Jack vivem isolados em um quarto. O único contato que ambos têm com o mundo exterior é a visita periódica do Velho Nick, que os mantém em cativeiro. Joy faz o possível para tornar suportável a vida no local, mas não vê a hora de deixá-lo. Para tanto, elabora um plano em que, com a ajuda do filho, poderá enganar Nick e retornar à realidade.”
Esse é o filme mais emocionante dentre os indicados, com certeza. O coração fica apertado a cada cena, a angústia se mistura a dos personagens, o fôlego parece sumir. As atuação de Brie (Joy) certamente merece a indicação de Melhor Atriz, já que ela realmente assumiu as dores da personagem e nos fez acreditar em cada palavra. É uma pena que Jacob (Jack) não tenha sido indicado como Melhor Ator por que fiquei extremamente impressionada com o talento da criança. O filme vale cada segundo, a história é de partir o coração, mas a lição que ele traz é divina.
“Após ser capturado por Immortan Joe, um guerreiro das estradas chamado Max se vê no meio de uma guerra mortal, iniciada pela Imperatriz Furiosa na tentativa de salvar um grupo de garotas. Também tentando fugir, Max aceita ajudar Furiosa em sua luta contra Joe e se vê dividido entre mais uma vez seguir sozinho seu caminho ou ficar com o grupo.”
A indicação de Mad Max traz de volta a cena o gênero ‘ação’. Com muitas explosões, lutas e perdas, o longa impressiona mais pelos efeitos especiais e figurinos/maquiagem. A direção de George Milles está impecável, tiro o chapéu. Muitos estão apostando que este será o vencedor da categoria de Melhor Filme, mas eu continuo com O Regresso ou Spotlight. No entanto, não seria nada mau ver um filme com uma personagem principal feminina vencer o prêmio.
Brooklyn
“A jovem irlandesa Ellis Lacey se muda de sua terra natal e
vai morar em Brooklyn para tentar realizar seus sonhos. No ínicio de sua
jornada nos Estados Unidos, ela sente falta de sua casa, mas ela vai tentando
se ajustar aos poucos até que conhece e se apaixona por Tony, um imigrante
italiano. Logo, ela se encontra dividida entre dois países, entre o amor e o
dever.”Este filme é apaixonante. Ele mostra uma situação extremamente comum, mas que vista de um ponto de vista pessoal se torna especial. Quantas pessoas por aí são imigrantes? Milhões. Às vezes nem imaginamos as histórias por trás de cada um desses imigrantes, e é isso que o filme mostra. Como é difícil escolher entre a família e o sonho, entre o que é mais cômodo e o que você realmente quer. A indicação de Brooklyn me deixou muito contente, mesmo que eu não acredite que ganhe o prêmio. Nos dias de hoje, é importante destacar a questão do imigrante.
“Em plena Guerra Fria, o advogado especializado em seguros James Donovan aceita uma tarefa muito diferente do seu trabalho habitual: defender Rudolf Abel, um espião soviético capturado pelos americanos. Mesmo sem ter experiência nesta área legal, Donovan torna-se uma peça central das negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética ao ser enviado a Berlim para negociar a troca de Abel por um prisioneiro americano, capturado pelos inimigos.”
Outro filme maravilhoso. Você já parou para pensar que os inimigos também vivem por uma causa, assim como você? Será que vocês são assim tão diferentes? O que você faria se estivesse no lugar dele? É exatamente o que vemos aqui. Enquanto o país inteiro deseja executar um espião do inimigo, James Donovan aprende que o inimigo está fazendo exatamente o que ele faria: defendendo seu país e seus ideais. Fiquei chateada por Spielberg não ter sido indicado ao prêmio de Melhor Diretor, pois a direção está simplesmente brilhante. Ponte dos Espiões também tem grandes chances de ser o vencedor da noite.
*Sinopses via AdoroCinema
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