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Deixe A Neve Cair foi publicado no Brasil pela editora Rocco em 2013. É formado por três contos natalinos que foram escritos por Maureen Johnson, John Green e Lauren Myracle. Um dos pontos mais interessantes dos contos é que eles se relacionam entre si formando uma história muito divertida e gostosa de se ler! E essa é a época perfeita.

O primeiro conto, o de Maureen, conta um pouco da história de Jubileu (sim, esse é o nome dela mesmo e, sim, ela tem sérios problemas com isso). Ela entra numa fria muito grande, literalmente, quando tem que ir à casa dos avôs de trem para passar o Natal, pois seus pais não puderam estar presentes por um motivo de força maior que você terá que descobrir lendo. As circunstâncias levam Jubileu a uma casa de estranhos para passar o Natal. Isso pode parecer horrível, mas não. Na verdade, é uma história sobre os sentimentos que se sobressaem na época das festas. Ajudar os outros, principalmente.

O segundo conto, o de John, é incrível. Conta a aventura de Natal de Tobin, cujos pais estão presos em outro estado e não vão chegar em casa a tempo do Natal, Duke e JP. Os três saem da casa durante a maior nevasca em vários anos da região por causa de uma ligação que vai nos levar de volta ao primeiro conto. Porém, algumas coisas vão dar errado no caminho e eu garanto que eles passaram muito frio!

O terceiro conto, o de Lauren, conta a história de Addie que está passando por um momento popularmente conhecido como “fossa”. Isso também nos leva ao primeiro conto. Esse conto ainda nos traz uma fofura chamada Gabriel, um miniporco, que vai dar muita dor de cabeça.

A história é maravilhosa. Não tem nada de extraordinário como super heróis ou poderes anormais, mas a beleza está na simplicidade e na realidade que ela nos passa. Muitas pessoas vão conseguir se identificar com os contos. Eu recomendo essa leitura mesmo que seja em junho quando ninguém está pensando no Natal, por que ela é perfeita para passar o tempo sentado no sofá sem olhar para fora, para se distrair de tudo e esquecer que você tem problemas.

Dando um pouco de foco ao nosso autor especial de Natal, o conto de John não é meu favorito, mas é ótimo. Tem uma presença feminina muito forte, como é de praxe, os personagens são divertidos e incrivelmente reais. É claro que uma aventura de carro não podia faltar, e ela é bem engraçada.

Vocês não vão se arrepender de ler. Pode não ser o livro mais maravilhoso de todos os tempos, mas é uma das melhores leituras que eu fiz nos últimos anos, com certeza.

Nota: 4 de 5 estrelas.

 


“O primeiro amigo, a primeira garota, as últimas palavras.”

Quem é você, Alasca? foi o primeiro livro de John Green a ser publicado no Brasil, em 2010 pela editora Martin Fontes. E atualmente é publicado pela editora Intrínseca.

O livro conta a história de Miles Halter, um adolescente introvertido, nada popular e fissurado por célebres últimas palavras, que deixa sua vida pacata e sem graça e sai em busca de seu “Grande Talvez”, se depara com Alasca Young, uma jovem inteligente, sexy e problemática que apresenta a Miles as célebres últimas palavras de Simon Bolívar "Como sairei deste labirinto?".

Entre garrafas de bebidas, fumaça de cigarro e pegadinhas, Miles passa a descobrir um novo mundo em companhia de seus novos amigos de escola, vive coisas que nunca achou que viveria, conhece novos sentimentos e sensações que o guiam em sua busca pelo “Grande Talvez”.

Quando me deparei com Quem é você, Alasca? logo depois de ter lido A Culpa É Das Estrelas estava completamente ansiosa por mais livros do John, minhas expectativas era altíssimas, e posso dizer que foram todas muito bem correspondidas, até melhor do que imaginei.

Este é com certeza o meu livro favorito do John. Ele me fez refletir sobre a vida, sobre esse grande labirinto no qual estamos todos presos. Mostrou-me que todos nós estamos vivos, mas nem todos estamos de fato vivendo.


“... se as pessoas fossem chuva, eu seria garoa e ele, um furacão.”


O livro está repleto de lições, e em diversos momentos me fez realmente parar e pensar sobre o que estava sendo dito, me fez refletir o sentido de nossa existência, e é claro me fez pensar em uma resposta para a pergunta de Alasca.

“O que você – você especificamente – vai fazer para sair deste labirinto de sofrimento¿”

Com personagens cativantes e espertos, John Green realmente nos cativa com essa história sobre amor, amizade, e acima de tudo sobre a vida.


E para finalizar, reflitam:

“Quando os adultos dizem: “Os adolescentes se acham invencíveis”, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem o quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos se esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar.”.


Nota 5 de 5.

Twix.




Will & Will – Um nome, um destino é o quinto livro publicado pelo autor americano John Green, em parceria com David Levithan.

O livro conta a história de dois garotos, Will Grayson e... Will grayson, tendo cada capítulo narrado por um deles. Logo de início já podemos perceber que o que esses meninos tem em comum é só o nome mesmo.

O Will que começa narrando – o primeiro Will – é um adolescente normal, que não gosta de chamar atenção para si mesmo, o que seria compreensível se seu melhor amigo, Tiny, não fosse a pessoa mais chamativa do universo.


“Tiny Cooper não é a pessoa mais gay do mundo, tampouco é a maior pessoa do mundo, mas acredito que ele possa ser a maior pessoa do mundo que é muito, muito gay, e também a pessoa mais gay do mundo que é muito, muito grande.”

Já o segundo Will é um garoto depressivo, que odeio tudo a sua volta, e sua grande felicidade de cada dia é Isaac, um garoto que conheceu na internet, e por quem se apaixonou e está disposto a entregar seu coração.


Dando uma opinião de quem só conhece o trabalho de John Green e nunca leu nada do David Levithan, creio que o primeiro Will foi escrito pelo John, já que carrega marcas do autor, como ser um personagem mais na dele e com poucos amigos, e o segundo pelo David

Com tantas diferenças, principalmente a distância entre onde cada um vive, seria improvável imaginar que esses dois Wills se conhecem. E seria ainda mais improvável imaginar onde e como eles se conhecem. 

“- Quem é você?

Eu me levanto e respondo:

- Hã, eu sou Will Grayson.

- W – I – L –L – G – R – A – Y – S – O –N? - pergunta soletrando.

- Hã, sim – digo – Por que a pergunta?

(...)

- Porque eu também sou Will Grayson.”

Will & Will se trata mais do que um simples romance sobre adolescentes para adolescentes, ao meu ver se trata de uma reflexão sobre nossas relações com o mundo externo e com as pessoas a nossa volta. As personagens apresentadas no livro são bem diferentes, alguns possuem personalidades abertas, amigáveis e otimistas, outros são fechados a novas relações, outros não são tão otimistas assim, não possuem grandes relações familiares...

Assim como é a nossa vida o livro mostra que mesmo pessoas tão diferentes podem se dar bem e construir uma grande amizade. Que nem tudo ocorre da forma como imaginamos ou esperamos, e que às vezes as coisas não saírem como planejamos é o melhor que podia acontecer.


E aqui lhes deixo com outra grande lição de vida que Will & Will nos dá:


“Quando eu era pequeno meu pai costumava me dizer: Will, você pode escolher a dedo seus amigos e pode meter o dedo no próprio nariz, mas  não pode meter o dedo no nariz do seu amigo.”

Nota: 4 de 5.

Twix.


A Culpa é Das Estrelas é o primeiro livro de John Green adaptado para o cinema. Ele conta com direção de Josh Boone, com os atores principais Shailene Woodley, Ansel Elgort e Nat Wolff e foi acompanhado de perto pelo autor, que se mostrou muito entusiasmado durante todo o processo de filmagem e produção. Toda a emoção de Green tinha razão de existir, pois o filme é tão bom quanto seu livro.


A beleza da mensagem passada por Green com o livro permanece nítida no filme. A intenção de comover e alertar os leitores e agora espectadores sobre a importância da vida foi totalmente intensa em ambos, o que conseguiu arrancar um sorriso do meu rosto, em meio a tantas lágrimas.

Shailene e Ansel deram vida à Hazel Grace e Augustus (Gus) Waters e, devo dizer, não consigo imaginar dois atores mais perfeitos e competentes para os papéis. Shai com sua cara de anjo e olhar de fera consegue causar um efeito arrebatador, mostrando exatamente quem é Hazel Grace: uma menina forte que foi transformada em frágil pelas circunstâncias. A postura e a paixão de Ansel se encaixaram perfeitamente em Gus, que é um homem determinado a conseguir aquilo que quer. Nat também não fica de fora, sendo o Isaac perfeito, com sua aparência inocente, mas só aparência mesmo.

O cenário do filme também foi exatamente como qualquer fã esperava: perfeito. Os detalhes, as cores, a atmosfera... Tudo se encaixou exatamente como deveria.

Sei que muita gente conhece esse fenômeno, já o leu ou já o viu, ou ambos. Porém, existem aqueles que resistem à leitura ou ao filme, por que a primeira coisa que todo mundo pensa é em choro. E se você que está lendo é um desses resistentes, eu aconselho que você pare e vá logo assistir o filme ou comprar o livro. Não nego que foram, provavelmente, as duas coisas que mais me fizeram chorar no mundo das artes, mas eu jamais me arrependi e sei que isso nunca vai acontecer. Chorar não é uma coisa ruim. É a expressão do que palavras não são capazes de fazer em certos momentos. Receber a lição de A Culpa é Das Estrelas vale qualquer lágrima, eu garanto.

Josh Boone fez um excelente trabalhado com a direção do longa. É equilibrado, não tem exageros e não cansa quem assiste. Parabéns a ele e ao nosso querido John Green, que permitiu que mais essa beleza fizesse parte do mundo.

Não vou atribuir uma nota, por que ela seria totalmente parcial e talvez até injusta, já que eu sou tão apegada a história. Convido vocês a assistirem o filme e darem sua própria nota.
 
 


A Culpa é Das Estrelas é o último livro (por enquanto) escrito por John Green, publicado no Brasil pela editora Intrínseca, em 2012.

A obra conta a história de Hazel Grace, uma adolescente forte que está passando por uma situação difícil desde os 13 anos. A menina tem câncer, como conseqüência precisa andar com tubos de oxigênio aonde quer que vá e se cansa muito rapidamente. Isso, definitivamente, atrapalha uma vida social saudável, ainda mais se você for uma adolescente. Então, a mãe dela faz com ela vá a um encontro de jovens com câncer no “coração” de uma Igreja, toda semana. Lá ela tem um amigo, o Isaac, cujo câncer é nos olhos, levando eventualmente a cegueira. Lá, também, ela conhece Augustus Waters, mais conhecido como Gus, que está “curado” de seu câncer há mais de um ano. Como era de esperar, Hazel e Gus acabam se apaixonando, dando vida a uma linda história de amor.

Esse livro mexeu muito comigo, e sei que não foi só comigo. Não é apenas mais uma história, é uma lição de vida. Ela nos ensina que a vida é preciosa e que temos que agradecer todos os dias pela saúde e por estar vivos. Ensina que precisamos viver e não sobreviver, precisamos fazer de cada dia o melhor dia de todos, por que nunca saberemos quando tudo pode acabar. Com Hazel e, principalmente, com Gus, aprendi que a coragem não está em se jogar de um avião sem paraquedas ou lutar contra um bandido. Está em enfrentar cada dia com um sorriso no rosto, sem se importar com a dor ou com as dificuldades, aproveitando cada momento com aqueles que amamos e que nos amam. Com Isaac, eu aprendi que amizade não é apenas algo que temos no momento, é uma jóia rara, que vamos levar para sempre, na Terra ou não. Com A Culpa é Das Estrelas aprendi que o amor é infinito mesmo que dure só um mês. É o pequeno infinito de cada um. Ele pode ser tão intenso e tão bonito, que nada se compara com essa imensidão.

Eu recomendo esse livro a todos, principalmente a quem tem medo de viver. Um presente como essa história é raro e tem que ser devidamente levado a sério. Se você que está lendo ainda não leu, leia, por favor. E se você que está lendo já leu, não se esqueça da força de Hazel, da inteligência de Gus e da amizade de Isaac.

Parabéns ao gênio John Green por essa preciosidade.

Nota 5 de 5 estrelas.

“Mas meu milagre foi o seguinte: de todas as casas em todos os condados em toda a Flórida, eu era vizinho de Margo Roth Spiegelman.”


Em Cidades de Papel, somos apresentados a Quentin Jacobsen que nutre uma paixão pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é um dos nerds da turma.

Certa noite, um cinco de maio, Margo aparece na janela de Q, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele aceita.

Então a noite de aventuras acaba, um novo dia se inicia e Margo desaparece. Mas não é a primeira vez, e ela sempre deixa pistas de para onde foi, então Q resolve investigar seu paradeiro.

“Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um.”

Pausa para falar sobre os personagens secundários, os melhores amigos de Q, Ben e Radar (quero um livro para cada um deles, como faz?) que são sensacionais, inteligentes, leais e companheiros.

É um livro inteligente, misterioso, cheio de humor e repleto de personagens encantadores. As metáforas são simplesmente sensacionais! A narrativa, em primeira pessoa por Quentin, tem um ritmo empolgante e a cada nova pista sobre o paradeiro de Margo ficamos mais ansiosos para saber como esse mistério termina.

É um livro que nos faz refletir sobre a vida, sobre as pessoas e seus significados para nós.

Ah, sobre o título do livro e a explicação: genial!

Cidades de Papel é de longe meu livro favorito do mestre Green. Acho que por causa da amizade, que é um dos temas tratados na narrativa, que mexeu muito comigo, assim como a obra como um todo, que me fez rir, ficar aflita, me emocionou de muitas formas.

“A cidade era de papel, mas as memórias, não. Todas as coisas que eu tinha feito ali, todo o amor, a pena, a compaixão, a violência e o desprezo estavam aflorando em mim."

Nota: 5 de 5 estrelas.

Lila


O Teorema Katherine é de autoria do premiado autor John Green. Foi lançado no Brasil em 2013, pela editora Intrínseca.


"Ele ficou pensando naquela expressão - para sempre - e sentiu uma queimação logo abaixo da caixa torácica. Doía como a pior surra que já tomara. E ele já havia tomado muitas. "

A história acompanha a mente brilhante de Colin Sigleton, que só namora garotas que se chamam Katherine, especificamente K-AT-H-E-R-I-N-E. Não estão inclusas Catherines, Kates e muito menos meu caso, Katharine. Ele já teve dezenove namoradas e todas terminaram com ele. E após o mais recente término, Colin decide elaborar e comprovar o que chamou de Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines para prever matematicamente seus futuros relacionamentos.

O livro é leve, interessante e divertido; cheio de informações curiosas e raciocínios complexos. A leitura flui facilmente, os personagens são encantadores e o rumo da história é surpreendente! Colin é um adolescente genial e dramático, mas também comum e engraçado e aposto que todo mundo se identifica com seus dilemas pessoais em algum instante. É impossível evitar gargalhadas com as aventuras que passa com seu melhor amigo, Hassan. E para pessoas malucas que gostam de matemática, há vários gráficos, expressões e raciocínios estranhos ao longo da construção do Teorema. 

"Ela possuía o tipo de sorriso largo e matreiro que não lhe deixava opção senão acreditar - só dava vontade de fazê-la feliz para poder continuar vendo aquele sorriso."

Confesso que resisti ao charme de John Green enquanto pude, mas essa história despertou o monstro da curiosidade em mim e não me arrependo de ter cedido. Eu me surpreendi com a história e dei ótimas risadas, além de aprender curiosidades sem grande utilidade com os personagens. 

Nota: 4 estrelas de 5.