Mostrando postagens com marcador Livro. Mostrar todas as postagens

ATENÇÃO! Contém spoilers de A Seleção, A Elite e A Escolha! Não continue a ler este post se não quiser ter surpresas.


A Herdeira é o quarto livro da série de A Seleção, da autora Kiera Cass. No último livro, A Escolha, Maxon e America finalmente ficam juntos, depois de muitos problemas. Como o rei e a rainha morreram no último ataque rebelde sulista, além de se casarem, Maxon e America assumem os tronos de Illéa. Com o tempo, eliminam as castas e os problemas diminuem drasticamente, de início. A Herdeira vem nos contar o que está acontecendo 18 anos depois de A Escolha, quando novos problemas começam a surgir. Parte da população não está tão contente com a nova versão do país.

Mas antes dos problemas, vamos às boas notícias. Maxon e America vivem felizes e formaram uma família. Algum tempo depois do casamento, America fica grávida, e de gêmeos! Uma menina e um menino. E um fato curioso é que a menina nasceu primeiro. Ignorando a tradição de que apenas meninos podem assumir o trono, o casal decide fazer da filha a herdeira do país.

Agora voltemos aos problemas. Sem saber mais o que fazer para acalmar os nervos de seu povo, Maxon propõe a filha herdeira, Eadlyn, que realizem uma nova Seleção, que trará um novo príncipe, vindo do povo (assim como sempre aconteceu em Illéa) para que as pessoas voltem a perceber que também fazem parte das escolhas. Eadlyn não gosta nada da ideia e faz de tudo para impedir que aconteça, mas o futuro do país precisa vir em primeiro lugar se você pretende governá-lo bem um dia.

Não preciso nem dizer que muita confusão vai sair daí, não é? Eadlyn puxou muito do gênio forte e teimosia de seus pais, ou seja, veio tudo dobrado. A garota é osso duro de roer. Além de que ninguém tem mais poder do que ela. Ela simplesmente não aceita a ideia de escolher um marido, alguém para amar, dessa forma. Mas como querer não é poder, ela vai ter que dar um jeito de se virar com as opções que receber.

Falando da minha opinião agora, eu esperava muito mais desse livro. Comecei a lê-lo com as expectativas nas alturas e, talvez por isso, esse volume não me cativou tanto quanto os três primeiros. Tudo acontece rápido demais, os eventos se atropelam um pouco e eu não consegui me afeiçoar a ninguém de primeira. E além dessas coisas, eu esperava ver muito mais interação entre o casal Schreave e seus filhos, mas como o foco foi a Seleção e a narrativa é feita pela Eadlyn, compreendo por que isso acontece pouco.

Nos termos técnicos, Kiera ainda é impecável. A escrita é excelente, o que ajuda a prender a atenção do leitor. Mesmo com os eventos acontecendo mais rapidamente ainda temos clara noção de tudo que se desenrola. De forma mais acelerada, mas temos. Os personagens são claros e objetivos. O começo, meio e fim, recheados de problemas para resolver, estão presentes, como era de se esperar. O livro não é nada de muito inovador, quando comparado com seus antecessores. Sinto que ele foi escrito e publicado mais para mostrar aos fãs como andam as coisas com a vida de personagens que foram tão queridos e bem aceitos.

Recomendo a leitura, principalmente para os fãs prévios da série. Não acho que teria problema se alguém quisesse começar por esse livro, mas talvez faltem algumas informações. De qualquer forma, espero que seja uma boa distração e que a leitura sirva ao propósito de acalmar o coração em relação ao futuro dos personagens. Lembrem-se que Kiera faz coisas inesperadas, então se preparem para o final!

Nota: 4 estrelas.
(A nota máxima concedida pelo blog é 5 estrelas)


ATENÇÃO! Cuidado com spoilers de A Seleção e de A Elite!


A Escolha é o terceiro livro da série A Seleção e, por algum tempo, chegamos a acreditar que seria o último.

Depois de Marlee e Natalie terem saído da Seleção, o clima no palácio ficou mais pesado ainda. Não só pelos constantes ataques rebeldes ou pelos motivos que levaram as duas candidatas acima a serem eliminadas, mas principalmente pelas garotas que ficaram estarem cada vez mais dispostas a ganhar. A própria America, vista como a favorita do príncipe, esteve pertíssimo de ser eliminada e mais de uma vez, inclusive.

Com grandes revelações e passagens de tirar o fôlego, A Escolha é provavelmente o meu volume favorito dentre os cinco livros. É aqui que descobrimos quem será escolhida, é aqui que as intenções dos rebeldes ficam mais claras do que nunca, é aqui que (tecnicamente) tudo acaba. A Seleção foi muito além de simplesmente dar uma princesa plebeia ao país. Esses livros não são sobre um conto de fadas. Se tornar princesa, achar um príncipe encantado e usar vestidos bonitos são o ponto menos relevante da história, isso fica bem óbvio.

America está disposta a aceitar a coroa para poder ficar com Maxon, mas para isso ela terá que provar que é de confiança. Aspen ainda não deixou seus pensamentos. Ela ainda é a menina mais insegura que você pode vir a conhecer. Sim, ela ficou bem mais forte em todos os sentidos, mas ainda assim, teme demais o futuro. Na verdade, todos os personagens se mostram mais maduros, mais confiantes e mais fortes do que no começo. A mudança fica mais e mais evidente enquanto chegamos ao fim.

O livro é muito bem escrito, como seus antecessores, Kiera sabe como cativar um leitor. Na minha opinião, o livro só não é perfeito por conta de duas coisas que acontecem no final, mas isso não posso revelar.

Enfim, podem ler sem medo! O romance continua a causar arrepios e America e Maxon continuam a nos deixar estressados com tanta insegurança, mas o livro vale a pena. A história é uma das mais bonitas que já li e me arrependo de não ter dado uma chance a ela antes, como já disse na primeira resenha, mas agora ela tem um espaço bem especial no meu coração. Espero que ela seja capaz de capturar vocês como me capturou! Deixo aqui o meu "muito obrigada" a Kiera Cass por isso.

Nota: 4 de 5 estrelas.







ATENÇÃO: Cuidado com spoilers de A Seleção!





A Elite é o segundo livro de A Seleção, escrito por Kiera Cass. Aviso mais uma vez que tomem cuidado com spoilers caso não tenham lido o primeiro livro!

Por causa da agressividade e da determinação dos rebeldes, o príncipe Maxon decidiu reduzir sua Seleção para apenas seis garotas: a Elite. Obviamente, America, que narra a história, está entre as seis. Sua relação com o príncipe evolui rapidamente com o príncipe durante A Seleção e ambos vivem com medo de assumir um sentimento maior. Para America sabemos que o obstáculo é Aspen e para Maxon, a incerteza de que America possa amá-lo.

A competição entre as garotas está mais acirrada e cada vantagem que uma conta, deixa as demais apreensivas. A rainha está mais próxima de todas, e sabemos o que a Seleção significa para ela agora. Muitos problemas acontecem nessa parte do romance e parece cada vez mais difícil para America aceitar que pode se tornar uma princesa e ter que concordar com as leis de Illéa sem pestanejar.  

A escrita do livro continua maravilhosa, flui rapidamente e terminei a leitura em menos de um dia, como com A Seleção. Durante todo o livro, para mim, foi fácil entender as dúvidas de America, entender seus medos e até suas inseguranças. Quando quase tudo já estava a um passo de terminar, vem o destino e acaba com tudo. A competição fica pior, os nervos estão a flor da pele, ninguém sabe em quem confiar.

Também é nessa parte da história que vemos mais o rei Clarkson. Eu, particularmente, não gosto dele, mas não vamos falar dos porquês. Entendemos melhor a história de Illéa. Os rebeldes estão cada vez piores. É, tem muita coisa acontecendo.

Ainda é difícil para mim pensar que esse romance se passa no futuro, é ainda pior quando nos damos conta que o príncipe e as moças mal terminaram a adolescência e já tem que carregar todos esses pesos. Especialmente o príncipe Maxon. Eu não fazia ideia do quanto ele sofria até terminar esse livro. Sinceramente, foi muito fácil se afeiçoar a Maxon desde o começo, mas agora é totalmente diferente. Quando vocês lerem, irão entender.

Dito tudo isso, recomendo a leitura dessa série a todos. Todos mesmo. Se você leu A Seleção e não se animou muito a continuar, confie em mim e pega A Elite agora!

Nota: 5 de 5 estrelas. (Nota máxima)



Eragon é o romance de estreia do autor Christopher Paolini. Ele começou a escrever assim que terminou o ensino médio, aos 15 anos de idade. Esse é o primeiro volume do Ciclo Herança, seguido por Eldest, Brisingr e Herança. Todos os volumes já foram lançados no Brasil pela editora Rocco.
"O vento uiva pela noite trazendo consigo um aroma capaz de mudar o mundo."
Eragon é um garoto de 15 anos que leva uma vida simples no campo. Quando encontra uma pedra azul polida, ele não imaginava que sua vida mudaria para sempre: um dragão nasce da pedra. Ele é obrigado a abandonar a vida e o mundo que sempre conheceu numa aventura em busca de vingança, aprendizado e poder em um reino com um rei cruel e louco. Um rei que não tolera um Cavaleiro livre.



A narrativa de Eragon tem muitos detalhes que permitem uma visualização ampla de tudo que está acontecendo. Até certo ponto, os acontecimentos seguem um ritmo constante com alguns picos de adrenalina. Isso não deixa o livro desinteressante: o aprendizado de quem lê acompanha o aprendizado de Eragon, o que torna a narrativa agradável porque evoluímos junto com o personagem.

Além disso, o exemplar tem todo o suporte que você pode precisar para conhecer Alagaësia: mapa, vocabulário dos idiomas falados pelos povos e guia de pronúncia das palavras (muito útil, por sinal).

O livro pode não ganhar na originalidade e as características muitos personagens podem ser considerados comuns. Mas Paolini criou um mundo fantástico e próprio, uma narrativa interessante e personagens que, independente da originalidade, são cativantes. 


Quando li Eragon pela primeira vez, em 2011, foi meu primeiro contato com o gênero. Não tinha familiaridade com anões, elfos ou dragões mas rapidamente me apaixonei pela história. Finalmente decidi reler os livros - e a aventura está sendo maravilhosa. Foi emocionante abrir o livro e relembrar o clima de Alagaësia.

Nota: 5 estrelas de 5.



Venho lhes apresentar mais um romance emocionante e cheio de amor de Carina Rissi. Acho que é seguro dizer que esse se tornou o meu livro favorito dessa escritora maravilhosa.

Mentira Perfeita é um spin-off de Procura-se Um Marido (resenha aqui), livro em que conhecemos o nosso protagonista, Marcus Cassani. Marcus é um homem lindo, determinado e muito inseguro, devido a um acidente que anos antes tirou sua capacidade de andar.

A outra protagonista é a Júlia, uma mulher que já passou por tantas coisas ruins que não sabe mais em quem pode confiar, com quem pode contar e demora muito a se entregar ou a se revelar. Quando sua tia, a mulher que a criou, fica doente, Júlia entra em pânico, achando que a única pessoa que lutou por ela pode partir muito em breve. É por causa desse medo que Júlia entra na maior furada de sua vida. Num ato desesperado de deixar a tia feliz, ela finge que está namorando e que logo estará usando um anel de noivado. Porém sua tia tem uma melhora súbita e volta para casa, louca para conhecer o homem que fará a sua sobrinha feliz para sempre. O problema é que esse homem ainda não apareceu na vida de Júlia e ela se vê num beco sem saída. Admitir à tia que mentiu e correr o risco de que ela piore ou mentir mais até que um coração saudável apareça e salve a única mãe que ela conheceu?

Ao mesmo tempo, Marcus está louco de vontade de morar sozinho, numa tentativa de provar para a família e para ele mesmo que ele é capaz de se virar por conta própria. A condição para que isso aconteça é que ele arrume alguém para morar com ele, como um cuidador. Relutante, Marcus acaba aceitando, já que ele faria qualquer coisa por um pouco de liberdade.

Que os destinos dos dois se cruzam, você já deve ter percebido, mas eu não vou contar para vocês como, não é mesmo? Só posso garantir que não vai faltar diversão, confusão e muita tensão!

As histórias de vida dos personagens são extremamente inspiradoras. Os dois foram desafiados pela vida e por suas circunstâncias até não aguentar mais e mesmo assim continuam lutando. Acompanhar esse pedacinho de 460 páginas das vidas deles foi como um presente para mim. Eu me envolvi com a história de um jeito tão forte que nem sei explicar muito bem como me senti durante a leitura. Eu vi o medo, a insegurança, o desespero, a confusão, o amor, os problemas e sobretudo a esperança dessas páginas como se fizessem parte de mim. Foi uma experiência incrível que eu espero que vocês também tenham.

E para quem leu e amou Procura-se Um Marido, assim como eu, prepare-se para matar a saudade dos nossos personagens queridos. E para se apaixonar pelos novos.

Eu recomendo muito tudo que a Carina escreve, e agora vou indicar muito mais. Mentira Perfeita é meu mais novo amor e eu vou levá-lo para sempre no meu coração. Dá até um pouco de ciúmes estar indicando ele para vocês, mas esse livro merece ser lido por todas as pessoas que ouvirem falar dele.

Nota: 5 de 5 estrelas.
(Nossas notas vão de 0 a 5 estrelas)



Mary Isis Malone - ou somente Mim Malone não é uma garota comum. Como ela mesmo diz é "uma coleção de esquisitices". Rebelde, hiperativa, com um gosto musical diferente dos demais.

"Em resumo sou cento e dez por cento anomalida mais uns trinta e três por cento espírito independente e sete por cento gênio do pensamento livre. Minha soma total é cento e cinquenta por cento, mas isso já era de esperar, sendo eu uma anomalia viva e pensante."

Após o término do casamento de seus pais ela é arrastada de sua e casa para viver no Mississipi com o pai e a madrasta, e ser medicada contra a própria vontade. Quando descobre que a mãe está doente decide fugir e ir à seu encontro. Durante sua viagem de reencontro, encontros, descobertas e autoconhecimento, Mim encontra companheiros inesperados, e é obrigada a confrontar a si mesma, a perceber coisas que até então nunca notara e redefinir algumas coisas que já sabia.

Faz um tempo já que acabei esse livro e que queria escrever sobre, mas não sabia nem por onde começar. Meu encontro com Mim nessa história foi forte e intenso. De certa maneira é simples se identificar com os conflitos da garota, mesmo sem nunca ter passado por nada disso. Mas também é fácil se identificar com ela, e com seus sentimentos em relação ao mundo que a cerca.

"No entanto, se for como eu, se tiver sido amaldiçoada com um amor pela narrativa, pelas aventuras em galáxias muito, muito distantes, por criaturas míticas de terras imaginárias que são mais reais para você do que para as pessoas de carne e osso -ou seja, as pessoas de verdade -, bom, quero ser a primeira a dar os pêsames. Porque a vida raramente é como você imagina."

Embarcar na jornada de Mim é delicioso. sentir que estava acompanhando cada quilometro que ela percorreu, pensando cada pensamento dela e escrevendo cada carta com ela foi uma experiencia que há tempos não experimentava.

É o livro de estreia de David Arnold, e eu provavelmente lerei suas próximas publicações. Me agradou muito a maneira como ele abordou diversos temas pesados. A maneira como as dúvidas e confusões de Mim se apresentam são verossímeis e tocam a gente, ora de maneira leve com um xale macio e hora com uma bola de destruição (meio wrecking ball).

"Quando nasceu, você chorou enquanto o mundo se deleitava. Viva a vida de modo que, quando morrer, o mundo chore enquanto você se deleita."

Ao final existe aquele mix de sensações, você quer ler de novo, que abraçar o livro, quer chorar porque aquella experiência foi intensa, quer saber o que aconteceu depois, quer e não quer uma continuação.

Mosquitolândia é  um livro que vale muito a pena ser lido.

Nota: 5 estrelas de 5.

Twix.


A Queda dos Cinco é o quarto volume da série Os Legados de Lorien. Os três primeiros, na ordem, são: Eu Sou O Número Quatro, O Poder dos Seis e A Ascensão dos Nove (resenhas nos links).

A Queda dos Cinco é meu outro livro favorito da série, ao lado de O Poder dos Seis. É também o mais doloroso. Ao mesmo tempo, é nessa parte da história que a esperança começa a ser renovada. Uma ajuda bem inusitada aparece e ele tem algo de muito especial. Mas nem tudo é perfeito e a lealdade pode falhar na pior hora possível. E, como se ainda não fosse suficiente, o romance está no ar como nunca esteve antes.

Como em todos os livros anteriores sempre há uma nova surpresa ou um novo segredo, que não param de surpreender. Uma pessoa muito especial aparece e esclarece muita coisa para a Garde e para nós, leitores. Por outro lado, o final deixa inúmeras dúvidas e tristezas, além das perdas que nunca faltam, afinal toda boa história vem com uma dose de sofrimento.

Esse livro é um dos meus favoritos não só pela história, mas pelo desenvolvimento pessoal e físico de cada personagem, pela evolução do conhecimento que temos sobre Lorien e seu passado, pela forma como flui naturalmente sem que percebamos e por como choca a todos quando uma profecia, infelizmente, se faz real. Caos, espanto, alegria, esperança, tristeza, raiva, dor... Sentimos tudo que dá para sentir enquanto passamos por essas páginas e mal dá tempo de absorver uma emoção quando outra toma seu lugar. Essa loucura e confusão sempre me agrada muito e nosso Pittacus Lore sabe muito bem como fazer isso acontecer.

Os Legados de Lorien é, sem dúvida, uma das melhores séries que já li e acho injusto que não tenha o reconhecimento que merece. É por livros como A Queda dos Cinco que eu me lembro da importância de uma boa história, de uma mensagem forte e de personagens poderosos que nos fazem acreditar que tudo aquilo é real. Durante muitas partes desse livro eu desejei poder estar ao lado da Garde e de seus aliados, para lutar por uma causa nobre, para ser parte de uma revolução, para fazer a diferença. Esse tipo de sentimento que passamos a carregar para fora dos livros é o que eu acho que nos impulsiona a ver o mundo com outros olhos, a querer mudar para melhor e a perceber coisas que antes não víamos. Sou muita grata a tudo que aprendi com a Garde até aqui e sei que ainda há muito mais por vir.

Assistam ao book trailer de A Queda dos Cinco:



Fiquem ligados para a resenha de A Vingança dos Sete!

Nota: 5 de 5 estrelas
(Nossas notas vão de 0 a 5 estrelas)



A Ascensão dos Nove é o terceiro livro da série Os Legados de Lorien, as resenhas de Eu Sou O Número Quatro, primeiro livro, e O Poder dos Seis, segundo livro, já estão no blog.

E a luta da Garde continua. Mais próximos uns dos outros do que nunca, os lorienos se preparam cada vez mais para a grande batalha contra o odioso Setrákus Ra, o líder mogadoriano que os caça desde que chegaram a Terra. Setrákus guarda muitos segredos e nesse livro ainda não conhecemos nem 1% desse vilão.

Vi muitas resenhas e comentários dizendo que esse livro é enrolado e não muito bom. Eu discordo. Apesar de O Poder dos Seis ainda ser meu favorito entre os 3 volumes inicias, a Ascensão dos Nove é excelente. Com muita ação, é nesse livro que conhecemos melhor os membros da Garde a que fomos apresentados, inclusive do próprio John/Quatro. Sempre há uma nova história ou segredo para essa galera descobrir e é sempre uma surpresa, para eles e para nós que estamos lendo. Sério, nem eles e nem eu esperávamos por isso.

John, Seis, Marina/Sete, Nove e Ella são os membros que já me conhecemos, e agora Oito entra na história (e conquista não só o meu coração, mas o de mais uma pessoa aí). No final do livro (que é uma das melhores partes do livro, senão a melhor) todos eles finalmente se conhecem e enfrentam alguns perigos juntos pela primeira vez em anos. Se você que está lendo essa resenha, já leu O Poder dos Seis, sabe muito bem quem foi deixado para trás e nem imagina o sofrimento que ele vai passar nas mãos dos inimigos. Dói só de lembrar.

Outra personagem que sofre muito é a Seis, que acaba sozinha por acidente por um bom tempo. Ella ainda é a mais novinha e seus Legados ainda não são muito bem desenvolvidos, mas é por causa dela que a Garde consegue se unir no final. Outro que desenvolve um Legado muito útil bem a tempo é o John.

Falando em John, para nossa surpresa, mais uma vez, alguém que parecia ser um traidor, também aparece sofrendo, num lugar muito inusitado, e é inocente. Você já deve saber de quem estou falando, certo?

Não sei dizer se meu personagem favorito é o Nove ou a Seis. Os dois me conquistam cada vez mais, suas histórias são bem similares e extremamente dolorosas, coisa que os fez fortes e espertos o suficiente para sobreviverem.

O fato é que Os Legados de Lorien não decepciona nunca. História bem contada, personagens envolventes, segredos bem trabalhados, surpresas fantásticas e muito amor te aguardam! Corre para ler essa maravilha!

Nota: 4,5 de 5 estrelas.
(Nossas notas vão de 0 a 5 estrelas)



O Poder dos Seis é o segundo livro da série Os Legados de Lorien (resenha do primeiro livro aqui).

Os problemas dos lorienos estão longe de acabar. Depois de acompanharmos a trajetória do Número Quatro, passamos a ver como os outros lorienos estão, pelo ponto de vista deles. Agora com a determinação de unir todos os membros da Garde que ainda estão vivos, Quatro, Seis e Sam estão atrás de respostas: como encontrar todos os membros? Como se defender dos mogs no caminho? Como continuar se escondendo do mundo?

Esse livro é um dos meus favoritos da série, até agora. Conhecemos quase todos os Números que faltavam e agora com uma surpresa. Todos eles estão extremamente ansiosos pelo reencontro e estão dispostos a correr todos os riscos. Chegou a hora de lutar contra aqueles que os querem mortos, aqueles que destruíram o planeta que eles chamavam de lar. A grande questão é que não vai ser nada fácil reunir toda a Garde. Sem contar alguns outros problemas que eles vão ter que enfrentar para recuperar seus itens de direito. E outros problemas quando encontrarem outros Números por aí. Enfim, problemas não faltam com essa turma... Ainda bem! E os segredos? São tantos segredos que descobrimos nesse livro que eu até perdi as contas.

A coisa que mais me tocou, nesse livro em especial, foram as histórias de vida dos Gardes. Saber o que cada um teve que passar, os perigos que cada um enfrentou e ainda enfrenta, as coisas horríveis que alguns humanos fizeram com eles... As aparências enganam e os mais fortes são aqueles que mais sofrem.

Se você já leu Eu Sou O Número Quatro sabe muito bem que não tem como passar por esse livro sem sofrer (eu até chorei em algumas partes). E se você não leu, já te aviso que essa série é puro sofrimento! E como vale a pena!

Continuo recomendando fortemente a todos que leiam esses livros. A escrita de ambos os autores que escrevem é envolvente e brilhante, a história só melhora a cada capítulo de cada livro, os personagens ficam mais maravilhosos a cada página.

Fique ligado para a resenha de A Ascensão dos Nove logo mais!

Nota: 5 de 5 estrelas.





Talvez muitos de vocês conheçam o filme Eu Sou O Número Quatro, mas que tal conhecer o livro (que tem uma continuação maravilhosa e viciante, aliás)?

“O Número Um foi capturado na Malásia. O Número Dois, na Inglaterra. E o Número Três no Quênia. Todos foram mortos. Eu sou o Número Quatro. Eu sou o próximo.”

O primeiro livro da série Os Legados de Lorien, Eu Sou O Número Quatro, acompanha um lorieno, mais tarde conhecido como John, o tal Número Quatro. John é um dos últimos sobreviventes do planeta Lorien que foi atacado e destruído pelos mogadorianos, do planeta Mogadore. Assim que o ataque a Lorien teve início, nove crianças foram encaminhadas para uma nave de fuga. Cada criança era um Garde que recebeu o nome Número Um, Número Dois, etc, para sua proteção. Quando chegassem ao seu novo lar, as crianças seriam separadas para evitar que os mogs conseguissem matar todos de uma vez. Os números também simbolizam o feitiço de proteção que eles receberam antes de partir, para que não pudessem ser mortos fora de ordem (a menos que estivessem todos juntos mais uma vez). Cada criança levara consigo uma arca lórica, cheia de objetos que os ajudaria a encontrar uns aos outros no futuro, a lutar contra os mogs e a voltar para seu planeta quando fosse possível. Além disso, cada Garde tinha um Cêpan (um protetor) que o acompanharia na fuga e os ajudaria à medida que crescessem a se tornarem fortes e desenvolvessem seus Legados, para poderem retornar para casa um dia, juntos novamente. Quando um Número morre, os demais recebem uma cicatriz no tornozelo, como um aviso.

Sei que a história parece um pouco complicada, mas tudo isso é explicado bem direitinho logo no início da série, então não se assuste!

Quando o Número Três é morto e Número Quatro recebe a cicatriz, ele já sabe. Agora o perigo é maior do que nunca, pois ele é o próximo. John (que ainda atendia por Daniel) e seu Cêpan, Henri, que vivem em constante mudança, de cidadezinha em cidadezinha, não perdem um segundo e eliminam todas as provas de que existiram em seu último endereço e partem para Paradise, Ohio, rumo uma nova identidade. É nesse momento que tudo começa a mudar na vida dos dois. Henri não escolheu Paradise por acaso. John não tem mais como esperar e começa seu treinamento, abre sua arca lórica, desenvolve seus legados... Tudo somado a ter que entrar em outro colégio novo, com pessoas diferentes, que não podem nem imaginar sua verdadeira origem. Ele precisa fazer o possível e o impossível para ficar invisível. Mas você já deve ter percebido que isso não vai acontecer. Ele arranja briga com o valentão do colégio, faz um novo melhor amigo, se apaixona por uma humana... Tudo que ele não deveria fazer.

Ao longo da história vemos muita coisa estranha acontecendo, muitas aventuras, muito perigo e muito medo. Não demora muito até que você se coloque no lugar de John e passe a sonhar com Lorien. O livro é muito bem escrito e de tirar o fôlego, impossível de largar até terminar. Aconselho que só faça a leitura se tiver o próximo livro (O Poder dos Seis) em mãos, por que você vai precisar! Os segredos de Lorien e de seus habitantes são fascinantes e você nunca imagina o que vai acontecer a seguir. 

Além de John e Henri, personagens que valem a pena nesse livro, e que você vai se apegar facilmente, são Bernie Kosar, Sam Goode, Sarah Hart e a Número Seis. Tem um personagem aí que a gente até passa a admirar, mas é quase um spoiler, então não vou contar!

Se você viu o filme e quer ler o livro já te aviso: tem muita coisa diferente!
Se você viu o filme e eu não te convenci a ler o livro: dá uma chance para essa história maravilhosa e não se prenda ao que aconteceu no filme, você vai se surpreender.
Se você não viu o filme e nem leu o livro: Veja o filme sabendo que a adaptação não é fiel, mas que é um ótimo filme. Mas o livro é melhor, então pode ler também, viu?! 

Além de tudo isso, a história tem uma lição de moral maravilhosa para os dias de hoje. Os mogadorianos abusaram de seu planeta, Mogadore, até que não fosse mais possível salvá-lo. Eles usaram todos os recursos naturais até o final, acabaram com as plantas, com a água e com o solo. Eles próprios acabaram desconfigurados. A Terra não está muito longe do esgotamento completo, assim como aconteceu com Mogadore. Parece exagero, mas não é. Precisamos cuidar do nosso planeta enquanto ainda há tempo. Fica a dica!

É isso! Fiquem ligados para a resenha de O Poder dos Seis, o próximo livro da série, cheio de personagens novos, histórias mais emocionantes e intensas do que antes!

Nota: 4,5 de 5 estrelas.




Carina Rissi ataca novamente com um romance apaixonante!

Não é novidade que eu amo tudo que a Carina escreve, e No Mundo da Luna não ficou de fora desse amor! Um romance leve, divertido e um tanto mais apimentado do que os outros da autora.

Luna é uma jornalista recém formada pronta para trabalhar, cheia de sonhos e ideias, mas até chegar lá, ela vai ter que engolir muitos sapos! Trabalhando como recepcionista na revista comandada pelo seu grande ídolo da época de faculdade, ela vai ver que nem tudo é como ela pensa. Quando seu ídolo se mostra um babaca, seu trabalho é uma droga e seu carro vive no mecânico, nada parece estar a seu favor.

Numa reviravolta, ela ganha uma promoção e saí da recepção. O problema é que ela fica com a coluna do horóscopo, mesmo sem entender nada de astrologia. É aí que o sangue cigano de Luna começa a entrar em ação. Desesperada por mostrar um bom serviço, ela pede socorro a avó cigana, que a manda ficar longe daquilo tudo... Só que Luna não tem escolha. A quem ela vai recorrer agora? E o que pode acontecer de ruim para sua avó tê-la alertado? Será que Luna vai conseguir seu espaço na revista? Será que seu ídolo é realmente um babaca?

Esse livro me surpreendeu bastante. A escrita de Carina continua amadurecendo e ficando cada vez melhor, coisa que não parecia possível, já que sempre foi incrível. Com muita paixão, problemas, mentiras, desentendimentos, confusões, desilusões, risadas e magia, como eu nunca tinha visto antes, a história de Luna me conquistou pra valer, reli várias cenas, várias vezes, sempre com o coração da boca!

Para aqueles que amam um bom romance, jornalismo e muitas trapalhadas, tudo junto, não vai se arrepender! Eu recomendo muito!

Nota: 4 de 5 estrelas.

 


Cá estou mais uma vez para falar de outra obra da autora brasileira mais amada de todas, Carina Rissi! Dessa vez, vou falar de Procura-se Um Marido, o segundo romance da diva, publicado no Brasil pela Verus Editora.
Alicia, uma garota rica e inconsequente de 24 anos, só quer saber de aproveitar a vida. Ela mora com seu avô desde que seus pais morreram em um atentado no Egito quando ela era bem pequena. Tendo tudo sempre em mãos, ela não sabia o que o mundo real reservava ao ser humano, até que seu mundo vira de cabeça para baixo e ela acaba trabalhando como assistente de secretária em uma das milhares de empresas de sua família. Pagando por todos os seus pecados, Alicia precisa aprender a viver com um salário mínimo e com muita gente pegando no seu pé. Ou ela cede a uma condição e vira uma mulher responsável, inclusive casada, de uma vez por todas. Claro que com a Alicia, que foi presa até em Amsterdã, onde aparentemente tudo é permitido, nada será simples e fácil.
No meio de toda essa bagunça, ela conhece gente nova, que não tem um pingo de piedade por ela, aprende a viver como assalariada e até acaba enrolada com um cara muito misterioso que parece detestá-la (palavras dela).
Carina nos apresenta uma história muito maluca, cheia de altos e baixos, de deixar o cabelo em pé e unhas roídas. Confesso que fui espiando o que ia acontecer antes de terminar o livro e nem isso me fez menos desesperada pelo final. No começo, eu não suportava a Alicia, mas tive que dar um desconto, levando em conta todas as tragédias que se passaram em sua vida. E eu não fui a única! Ela me mostrou que era muito mais que uma menina mimada, com medo de perder e que não media as consequências de seus atos. Por baixo do escudo que ela construiu para se proteger dos males do mundo, vemos uma menina doce, carinhosa, forte e determinada. Muito teimosa também.
E aquele cara misterioso também me surpreendeu bastante. No começo, ele era meio grosso e irritante, mas mais tarde dá para entender o motivo (mais ou menos). Com certeza, ele é o personagem que mais surpreende, os leitores e os outros personagens. Seu nome é Max.
Vocês já devem saber que eu não costumo falar muito da história em si, por medo de estragar a surpresa sem querer. Com esse livro, vou tomar ainda mais cuidado, pois se fosse eu, não ia querer ter nenhuma coisinha que fosse revelada longe do livro. Fiquei completamente apaixonada pela obra e muito arrependida por ter esperado tanto tempo para ler. Recomendo muito, especialmente aos amantes dos romances como eu. Tudo começa de forma muito complicada e com tudo para dar errado e mesmo assim é impossível não torcer para que tudo dê certo. Um mix de emoções e sentimentos incontroláveis do começo ao fim. Raiva, pena, amor, alegria, tristeza, vontade de gritar e de chorar...
Espero que esse pouquinho desperte em vocês a vontade de ler o livro e que se sintam tão inebriados (no sentido figurado, claro) quanto eu me senti quando lerem!
E uma noticia feliz é que o volume dois está a caminho! Mentira Perfeita contará a história de Marcus e Júlia, que eu não posso contar quem são. (Sim, você terá que ler Procura-se Um Marido para saber)

Nota: 5 estrelas de 5. (Nota máxima)

 
"Um artista é alguém que vê a guerra antes de ela se manifestar aos olhos de todos e que sobrevive."

A Noite Devorou o Mundo de Pit Agarmen, publicado no Brasil pela editora Rocco, é uma obra fascinante. Um escritor francês passa seus dias quase invisível. Com poucos amigos, uma ex-namorada/esposa por quem ainda nutre sentimentos, uma carreira não tão bem sucedida como gostaria, ele espera pela sua grande chance, quando todos os males que o mundo lhe causa sumirão e ele conseguirá ser feliz.

No dia 8 de março, esse escritor vai à uma festa na casa de uma amiga casada que ele deseja secretamente. Na festa, ele tenta se enturmar algumas vezes, mas sem sucesso. Acaba indo dormir em um dos cômodos da casa da moça, que fica no terceiro andar de um prédio em Paris. O problema é que quando ele acorda, algo está diferente. A vida como ele conhecia ficou para trás da noite para o dia. É o apocalipse zumbi. Sangue por toda parte. Pedaços de corpos aqui e lá. Lá embaixo, no bulevar, só resta o caos. Sobreviventes tentam enfrentar os novos inimigos, apenas para acabarem mortos ou transformados.

O livro se desenrola basicamente como um monólogo, os diálogos são escassos. Em cada capítulo, o escritor de romances água com açúcar descobre um novo jeito de encarar esse novo mundo, que cada vez mais parece ter sido sua salvação. Ele já não sofria pela ex, não temia ficar sem dinheiro, não se preocupava em levar a vida como todo o mundo. Só sentia falta daqueles que mais amava: seus pais e seus melhores amigos. Todos os meios de comunicação foram cortados pouco tempo depois do apocalipse ter começado. Ele teve que aprender a viver sem nada: sem água encanada, sem eletricidade, sem eletrônicos, sem descarga... Por sorte, ele tem vários cadernos e canetas por perto, mantendo sua escrita. Um diário sobre sua vida passada que já não faz sentido, como uma terapia. Depois de um tempo, engata em um de seus romances.

No começo, tudo que ele sentia pelos zumbis lá fora era nojo e desprezo. Matava alguns com um tiro na cabeça sempre que podia, com armas que tinha encontrado no apartamento. Porém, com o passar dos meses, entendeu que aquelas criaturas o tinham libertado de um padrão, de uma vida vazia onde ele nem sequer era o protagonista. Ele sempre atribui sua sobrevivência à falta de azar que teve desde pequeno, como se nem os zumbis estivessem interessados em matá-lo. "Que ironia: tive a sorte de ter tido um azar maldito desde o nascimento".

Esse livro mostra claramente uma visão misantrópica do mundo, onde o ser humano é o maior e talvez único culpado por todas as coisas ruins. Desde que a raça humana praticamente desapareceu, a poluição cessou, as plantas crescem mais bonitas, a cidade parece mais iluminada. É nessa falta de existência humana que o escritor se descobre, finalmente percebe que existe e que não é insignificante.

Eu sei que a maioria não gostará de uma leitura aparentemente pessimista e obscura, mas eu tentei olhar para cada página como uma lição. Nós somos o verdadeiro problema. Estamos nos destruindo todos os dias, tentando ser superiores as custas dos outros, poluindo o mundo e as mentes por toda a parte. Acabaremos com o mundo e nem sequer conseguimos perceber isso. Enquanto não percebermos o mal que causamos e mudarmos, o mundo sofrerá e a natureza acabará achando um jeito de se livrar daquilo/daqueles que a faz miserável.

"O mundo nos ensina a dor, a tristeza e o medo. E, como somos bem-educados, incorporamos tudo isso, fazemos disso a nossa vida. É necessário que aprendamos a não ser bons alunos. A alegria e a felicidade são belas porque procedem da desobediência. Isto é viver: aprender a desobedecer."

Nota: 5 estrelas de 5. (nota máxima)

Convergente é o último volume da trilogia Divergente, escrito por Veronica Roth e publicado no Brasil pela editora Rocco.

A última parte da trama é, sem dúvidas, a mais emocional. Começa com um segredo e não para por aí. O livro todo é uma revelação sobre a família de Tris. Novos personagens são colocados no caminho, muita tragédia acontece e não é exatamente uma obra feliz.

O livro de Roth causou muita discórdia assim que saiu por conta de seu final. Muitos o odiaram. Boatos de que muitos leitores chegaram a devolver seus exemplares devido a indignação. Eu, pessoalmente, achei um exagero. Veronica construiu uma linda história e tudo que ela fez teve um excelente propósito e não foi em vão.

A ideia de superação que vimos com Tris logo de cara no primeiro livro, está implantada nessa nova parte de uma forma muito mais forte. É hora de superar os segredos, os medos, as dúvidas e as incertezas. É hora de agir e de aprender a perdoar.

Tudo que Tris descobre durante a passagem de páginas surpreende tanto ela quanto o leitor. Muitas coisas nunca passariam pela minha cabeça. Outro ponto bem discutido pelos fãs foram as mortes. Quando eu comecei a leitura, estava preparada para uma massacre por conta dos comentários e quando cheguei ao fim, percebi o quão dramático todos foram. As mortes, obviamente, foram chocantes, mas extremamente cruciais. Foram um desafio, uma forma de mostrar que somos imperfeitos e que isso não é errado, apenas humano.

Eu gostaria de discutir cada uma das mortes aqui, mas não posso colocar spoilers na resenha, por isso, estou pensando em um post apenas para isso, mas não é uma promessa. Talvez eu não consiga por em palavras tudo que eu aprendi com cada vida perdida nesse livro.

O final é a parte mais tocante. Dá sentido a tudo. Nos encoraja a vencer nossos medos pelas pessoas que amamos e por nós mesmos.

Enfim, para mim, Convergente foi um final incrível e, apesar de tudo, cheio de esperanças.

Nota: 5 de 5 estrelas.

Simplesmente Acontece conta a história de Alex e Rosie, que são melhores amigos desde a infância, do tipo que não se desgrudam para nada. Porém, na adolescência são separados quando o pai de Alex recebe uma proposta de emprego, então a família deixa Dublin para morar nos Estados Unidos. Mas a conexão entre os dois permanece indestrutível.

“Ex-namoradas são facilmente esquecidas. Melhores amigos ficam para sempre.”

O sonho de Alex é ser médico e ele é aceito em Harvard. O sonho de Rose é gerenciar um hotel de luxo e é aceita na universidade de Boston. Perfeito, o problema da distância seria resolvido, certo? Errado! Pois Rosie descobre que está grávida e acaba adiando seu sonho.

A história de Alex e Rosie é um tapa na cara, pois nos mostra que nem tudo sai como planejado e que desencontros acontecem com mais frequência do que imaginamos.

“O que acontece quando duas pessoas que foram feitas uma para outra simplesmente não conseguem ficar juntas?”

Eu adorei a narrativa da história, pois é diferente de tudo que já li, ela é contada quase que inteiramente, com exceção do epílogo, por e-mails, cartas, sms, bilhetes, cartões... Eu achei brilhante, apesar de ter sentido falta de estar na cena e saber exatamente como as coisas aconteceram.

Os personagens são incríveis. Rosie teve que amadurecer muito rápido, e sofreu muito e de muitas formas, mas criou sua filha, Katie, com todo amor e carinho do mundo, vocês irão se encantar com a Katie, ela é muito esperta. Alex é um amor de pessoa, carinhoso, compreensivo, leal. Fora os personagens secundários, como Ruby, a amiga de Rosie, ela é divertidíssima, preparem-se para boas risadas, e as famílias dos nossos personagens principais que também são ótimos. Todos os personagens são muito bem escritos e construídos, e podemos observar o amadurecimento de cada um deles conforme a história vai se desenrolando.

Foi o primeiro livro da Cecelia Ahern que li e gostei bastante da experiência, e pretendo ler, em breve, outros livros da autora.

É uma história cheia de desencontros, que ao mesmo tempo em que te deixa muito irritado te deixa mais ansioso ainda para saber o que acontecerá em seguida. Preciso dizer que o final me decepcionou um pouco, mas mesmo assim, eu adorei!

É um romance leve e divertido que nos mostra que não devemos abrir mão dos nossos sonhos nunca, e agarrar todas as oportunidades que tivermos para sermos felizes e não desperdiçar nosso tempo com bobagens e coisas sem importância.

“Engraçado, porque quando a gente é criança acredita que pode ser tudo o que quiser ir para onde se tem vontade. Não há limites. Você espera o inesperado. Acredita em mágica. Aí você cresce e a inocência acaba. A realidade da vida mostra a sua cara e você se sente golpeada quando constata que não pode ser tudo o que quer.”

Nota: 4 de 5 estrelas.

Lila

Ps.: O filme chega aos cinemas no dia 5 de março (sim, adiaram de novo) e você pode conferir o trailer clicando aqui.


Insurgente é o segundo volume da trilogia Divergente, escrito por Veronica Roth e publicado no Brasil pela editora Rocco.

Cuidado, contêm spoilers sobre Divergente!

Em Insurgente os desafios estão bem maiores. Após a grande reviravolta de ver a Audácia unindo forças com a Erudição para destruir sua antiga facção, Tris duvida que aquele realmente seja seu lugar, e vários outros personagens concordam com ela. Então, depois de uma luta memorável, o grupo de Tris foge da Audácia rumo a um lugar que os acolha.

Assim como o primeiro, o livro segue nos deixando curiosos, receosos, apreensivos e até mesmo malucos. Com a mesma escrita brilhante que tem o poder de te prender, Veronica traça um caminho forte e cheio de empecilhos para Tris e seus companheiros. Nesse livro ganhamos uma dimensão muito maior sobre as facções, seus testes e suas origens reais. Aprendemos muito sobre o mundo de Tris e nos surpreendemos a cada instante. Nessa parte da história também temos um pouco mais de romance. Tris e Quatro passaram por coisas que poucos casais enfrentam tão jovens, como aprender a confiar e a defender um ao outro, conviver com os defeitos e ser uma família.

A história se desenvolve brilhantemente com nuances, enigmas, dúvidas e um final que deixa o monstro da curiosidade louco (tanto que eu comprei Convergente em inglês mesmo).
Para quem gostou da primeira parte, Divergente, pode ir se preparando para Insurgente por que você vai gostar ainda mais da segunda parte.
Não vou me permitir dizer muito mais, não quero acabar escrevendo alguma coisa que estrague o prazer de uma boa leitura cheia de surpresas para vocês! Apenas recomendo que leiam e saboreiem essa obra, por que vale a pena!

Nota 4,5 de 5 estrelas.

Divergente é o primeiro livro de sua trilogia, escrito por Veronica Roth e publicado no Brasil pela editora Rocco.
Divergente conta a história da heroína Beatrice Prior, que mais tarde passa a ser chamada de Tris.

Tris é uma garota que, como muitas adolescentes por aí, sente que não pertence ao lugar em que se encontra, e para sua sorte (ou azar), ela terá a chance de mudar sua vida dentro de alguns dias. Isso por que ela vive em um mundo utópico onde Chicago foi dividida em cinco facções sendo que cada uma vive sob uma crença e todas dão poder aos jovens de aos 16 anos decidirem o caminho que querem seguir, ou seja, permanecer na facção em que nasceram ou escolher uma nova. Isso deixa Tris totalmente dividida entre achar seu "verdadeiro eu" ou continuar com sua família. E essa é uma decisão que não terá volta.

O livro se desenrola e a personalidade real de Tris começa a aparecer aos poucos, nos permitindo conhecer uma garota forte, determinada, corajosa e que está aprendendo um pouco mais sobre o amor. Os desafios que aparecem a cada capítulo desafiam não somente Tris, mas todos aqueles que vivem a aventura com ela, de modo que depois de certo ponto, não consigamos mais parar de ler. Eu me senti vivendo todos os eventos com a personagem principal e me identifiquei muito com ela.
Até o final do livro, passamos por fortes emoções, por cenas românticas, por obstáculos reais (e imaginários) e por muita dor. Veronica não mede esforços para comover o leitor enquanto mostra que é possível encarar os problemas sem perder a força e a beleza. A leitura flui tão bem que nem percebi o tempo passar quando li. Divergente é um livro muito bem construído, montado com boas palavras, traz personagens reais e fortes. Vale a pena para leitores de primeira viagem e para os compulsivos vale mais ainda.

Nota: 4,5 estrelas de 5.


“O primeiro amigo, a primeira garota, as últimas palavras.”

Quem é você, Alasca? foi o primeiro livro de John Green a ser publicado no Brasil, em 2010 pela editora Martin Fontes. E atualmente é publicado pela editora Intrínseca.

O livro conta a história de Miles Halter, um adolescente introvertido, nada popular e fissurado por célebres últimas palavras, que deixa sua vida pacata e sem graça e sai em busca de seu “Grande Talvez”, se depara com Alasca Young, uma jovem inteligente, sexy e problemática que apresenta a Miles as célebres últimas palavras de Simon Bolívar "Como sairei deste labirinto?".

Entre garrafas de bebidas, fumaça de cigarro e pegadinhas, Miles passa a descobrir um novo mundo em companhia de seus novos amigos de escola, vive coisas que nunca achou que viveria, conhece novos sentimentos e sensações que o guiam em sua busca pelo “Grande Talvez”.

Quando me deparei com Quem é você, Alasca? logo depois de ter lido A Culpa É Das Estrelas estava completamente ansiosa por mais livros do John, minhas expectativas era altíssimas, e posso dizer que foram todas muito bem correspondidas, até melhor do que imaginei.

Este é com certeza o meu livro favorito do John. Ele me fez refletir sobre a vida, sobre esse grande labirinto no qual estamos todos presos. Mostrou-me que todos nós estamos vivos, mas nem todos estamos de fato vivendo.


“... se as pessoas fossem chuva, eu seria garoa e ele, um furacão.”


O livro está repleto de lições, e em diversos momentos me fez realmente parar e pensar sobre o que estava sendo dito, me fez refletir o sentido de nossa existência, e é claro me fez pensar em uma resposta para a pergunta de Alasca.

“O que você – você especificamente – vai fazer para sair deste labirinto de sofrimento¿”

Com personagens cativantes e espertos, John Green realmente nos cativa com essa história sobre amor, amizade, e acima de tudo sobre a vida.


E para finalizar, reflitam:

“Quando os adultos dizem: “Os adolescentes se acham invencíveis”, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem o quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos se esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar.”.


Nota 5 de 5.

Twix.


A Culpa é Das Estrelas é o último livro (por enquanto) escrito por John Green, publicado no Brasil pela editora Intrínseca, em 2012.

A obra conta a história de Hazel Grace, uma adolescente forte que está passando por uma situação difícil desde os 13 anos. A menina tem câncer, como conseqüência precisa andar com tubos de oxigênio aonde quer que vá e se cansa muito rapidamente. Isso, definitivamente, atrapalha uma vida social saudável, ainda mais se você for uma adolescente. Então, a mãe dela faz com ela vá a um encontro de jovens com câncer no “coração” de uma Igreja, toda semana. Lá ela tem um amigo, o Isaac, cujo câncer é nos olhos, levando eventualmente a cegueira. Lá, também, ela conhece Augustus Waters, mais conhecido como Gus, que está “curado” de seu câncer há mais de um ano. Como era de esperar, Hazel e Gus acabam se apaixonando, dando vida a uma linda história de amor.

Esse livro mexeu muito comigo, e sei que não foi só comigo. Não é apenas mais uma história, é uma lição de vida. Ela nos ensina que a vida é preciosa e que temos que agradecer todos os dias pela saúde e por estar vivos. Ensina que precisamos viver e não sobreviver, precisamos fazer de cada dia o melhor dia de todos, por que nunca saberemos quando tudo pode acabar. Com Hazel e, principalmente, com Gus, aprendi que a coragem não está em se jogar de um avião sem paraquedas ou lutar contra um bandido. Está em enfrentar cada dia com um sorriso no rosto, sem se importar com a dor ou com as dificuldades, aproveitando cada momento com aqueles que amamos e que nos amam. Com Isaac, eu aprendi que amizade não é apenas algo que temos no momento, é uma jóia rara, que vamos levar para sempre, na Terra ou não. Com A Culpa é Das Estrelas aprendi que o amor é infinito mesmo que dure só um mês. É o pequeno infinito de cada um. Ele pode ser tão intenso e tão bonito, que nada se compara com essa imensidão.

Eu recomendo esse livro a todos, principalmente a quem tem medo de viver. Um presente como essa história é raro e tem que ser devidamente levado a sério. Se você que está lendo ainda não leu, leia, por favor. E se você que está lendo já leu, não se esqueça da força de Hazel, da inteligência de Gus e da amizade de Isaac.

Parabéns ao gênio John Green por essa preciosidade.

Nota 5 de 5 estrelas.


O Teorema Katherine é de autoria do premiado autor John Green. Foi lançado no Brasil em 2013, pela editora Intrínseca.


"Ele ficou pensando naquela expressão - para sempre - e sentiu uma queimação logo abaixo da caixa torácica. Doía como a pior surra que já tomara. E ele já havia tomado muitas. "

A história acompanha a mente brilhante de Colin Sigleton, que só namora garotas que se chamam Katherine, especificamente K-AT-H-E-R-I-N-E. Não estão inclusas Catherines, Kates e muito menos meu caso, Katharine. Ele já teve dezenove namoradas e todas terminaram com ele. E após o mais recente término, Colin decide elaborar e comprovar o que chamou de Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines para prever matematicamente seus futuros relacionamentos.

O livro é leve, interessante e divertido; cheio de informações curiosas e raciocínios complexos. A leitura flui facilmente, os personagens são encantadores e o rumo da história é surpreendente! Colin é um adolescente genial e dramático, mas também comum e engraçado e aposto que todo mundo se identifica com seus dilemas pessoais em algum instante. É impossível evitar gargalhadas com as aventuras que passa com seu melhor amigo, Hassan. E para pessoas malucas que gostam de matemática, há vários gráficos, expressões e raciocínios estranhos ao longo da construção do Teorema. 

"Ela possuía o tipo de sorriso largo e matreiro que não lhe deixava opção senão acreditar - só dava vontade de fazê-la feliz para poder continuar vendo aquele sorriso."

Confesso que resisti ao charme de John Green enquanto pude, mas essa história despertou o monstro da curiosidade em mim e não me arrependo de ter cedido. Eu me surpreendi com a história e dei ótimas risadas, além de aprender curiosidades sem grande utilidade com os personagens. 

Nota: 4 estrelas de 5.