Em meio à dor eles se encontram...

“Uma porta imaginária se abriu entre nós. Não sabemos como começou ou quem a abriu. Simplesmente está escancarada e cabe a nós lidar com isso. Ou fechamos ou entramos. Não há meio-termo.”

...e surge uma ligação que nenhum deles é capaz de explicar. Tudo o que sabem é que ambos estão destruídos e veem no outro a chance de se reencontrarem, uma chance de recomeçar, mesmo com toda a dor e com todos os problemas e dificuldades que terão que enfrentar para poderem viver essa paixão envolvente e arrebatadora.

“Ele tem seus problemas, eu tenho os meus, e nos encontramos no meio. Ali, naquele mar sem fim que nos aflige, com todas as nossas dores, frustrações e revoltas. Tudo o que queremos é nós sentir vivos outra vez.”

Pra mim é difícil falar sobre As Batidas Perdidas do Coração, porque tive uma ligação muito forte com o livro logo de cara e tenho um pouquinho de ciúmes dele (mentira! É muito ciúmes mesmo, mas é um ciúmes bom). Posso dizer que esse é o livro que mais me marcou nos últimos tempos, entrando pra minha lista de favoritos antes mesmo de terminar de lê-lo. Ele destruiu meu coração só para poder reconstruí-lo logo em seguida e me deu uma esperança.

Foi uma leitura muito intensa, pois a narrativa é em 1ª pessoa, alternando entre o Rafa e a Vivi, então conseguimos sentir o que eles estão sentido, as dores, os medos, a expectativa, os anseios, o amor, é por isso que a gente chora, ri, sofre, chora mais um pouquinho e claro, ama cada pedacinho.

As cenas com o Lucas, primo do Rafa, o Rodrigo, irmão da Vivi e o Lex, melhor amigo do Rafa são espetaculares, os três roubam a cena, e algumas batidas do seu coração, e te deixam com gostinho de quero mais (deles, é claro).

Todos os personagens são super bem construídos e extremamente apaixonantes.

O livro já é todo perfeito, e para completar tem o trecho de uma música antes de cada capítulo, o que deixa te deixa mais vidrado, porque a letra tem tudo a ver com os sentimentos do capítulo. A forma como a música é retratada durante o desenrolar da história é fantástica. Fãs de Johnny Cash e June Carter há uma grande chance de vocês se apaixonarem!

Ainda tem a capa que é simplesmente maravilhosa!

O livro me ensinou mais um pouquinho sobre o amor. Sobre como você ama alguém de forma tão arrebatadora e profunda que é capaz de fazer qualquer coisa por ela, lutar com unhas e dentes para ver o outro feliz, mas também sobre como é capaz de abrir mão da pessoa que mais ama só porque é o melhor para ela.

“... quando o coração quer uma coisa e a mente quer outra, devemos pesar o que é mais importante para nós: a razão ou a emoção. E, se não conseguirmos chegar a uma conclusão satisfatória, o coração é o melhor caminho. A mente não vai esquecer, mas o coração é capaz de superar, caso tudo dê errado.”

Eu não poderia deixar de falar da Bianca Briones que é o ser mais fofo da face da terra, carinhosa, atenciosa, um amor de pessoa. Tive a oportunidade de conhecê-la na Bienal do Livro e não poderia ter sido um dia mais feliz (ela tem um abraço maravilhoso, por sinal). Bia, obrigada pela história encantadora e apaixonante, mas principalmente pela dedicação, pelo carinho e pela atenção com os fãs.

“Meu pai dizia que, quando descobrirmos que estamos apaixonados, o coração fica tão assustado que pula um batimento, como se estivesse se preparando para todas as variações de velocidade que vai ter que enfrentar a partir daí. É o que ele chamava de “batidas perdidas do coração”. Segundo ele, o coração nunca recupera o ritmo correto até se encontrar no peito de outra pessoa.”

As Batidas Perdidas do Coração é o tipo de livro que eu recomendaria para qualquer pessoa que me pedisse uma recomendação, na verdade, eu recomendaria mesmo que a pessoa não pedisse. É muito amor por esse livro, tanto amor que nem cabe em mim.

As notas aqui no Despencando Estrelas são de 0 a 5 estrelas, porém tenho que abrir uma exceção e dizer que para esse livro são todas as batidas do meu coração, e mais algumas.

Lila