Resenha: Cidades de Papel

21:00 Unknown 0 Comments

“Mas meu milagre foi o seguinte: de todas as casas em todos os condados em toda a Flórida, eu era vizinho de Margo Roth Spiegelman.”


Em Cidades de Papel, somos apresentados a Quentin Jacobsen que nutre uma paixão pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é um dos nerds da turma.

Certa noite, um cinco de maio, Margo aparece na janela de Q, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele aceita.

Então a noite de aventuras acaba, um novo dia se inicia e Margo desaparece. Mas não é a primeira vez, e ela sempre deixa pistas de para onde foi, então Q resolve investigar seu paradeiro.

“Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um.”

Pausa para falar sobre os personagens secundários, os melhores amigos de Q, Ben e Radar (quero um livro para cada um deles, como faz?) que são sensacionais, inteligentes, leais e companheiros.

É um livro inteligente, misterioso, cheio de humor e repleto de personagens encantadores. As metáforas são simplesmente sensacionais! A narrativa, em primeira pessoa por Quentin, tem um ritmo empolgante e a cada nova pista sobre o paradeiro de Margo ficamos mais ansiosos para saber como esse mistério termina.

É um livro que nos faz refletir sobre a vida, sobre as pessoas e seus significados para nós.

Ah, sobre o título do livro e a explicação: genial!

Cidades de Papel é de longe meu livro favorito do mestre Green. Acho que por causa da amizade, que é um dos temas tratados na narrativa, que mexeu muito comigo, assim como a obra como um todo, que me fez rir, ficar aflita, me emocionou de muitas formas.

“A cidade era de papel, mas as memórias, não. Todas as coisas que eu tinha feito ali, todo o amor, a pena, a compaixão, a violência e o desprezo estavam aflorando em mim."

Nota: 5 de 5 estrelas.

Lila

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