Resenha: Caixa de Pássaros
Caixa de Pássaros é o livro de estreia de Josh Malerman. Foi lançado esse ano e publicado pela Editora Intrínseca no Brasil.— Você está com medo de ver o quê? - pergunta ela.
— Ninguém sabe essa resposta ainda.Foi impossível adiar a leitura desse livro. Depois que comecei, entendi que não poderia parar. Fiquei curiosa e principalmente assustada. A sensação de medo e desconfiança não passaria até eu saber, até terminar de ler... Eu precisava descobrir tudo antes de dormir. Não queria acordar com medo de abrir os olhos - mas parece que isso aconteceria se não terminasse o livro de uma vez. A atmosfera é tão intensa que é estranho sair da escuridão para uma pausa na leitura. Precisei sair na rua numa dessas pausas e foi muito estranho. Eu sentia que estava vivendo o terror com Melorie e suas crianças, que ver poderia ser fatal.
A parte mais desesperadora das cenas são, além do próprio horror dos acontecimentos, a falta da visão. Se você nasceu enxergando, seu mundo é baseado no que você vê. Nossa audição não é apurada, o tato é confuso, o olfato não é preciso e a escuridão é traiçoeira. Só resta sua imaginação para interpretar o que esses outros sentidos estão captando, e sua sobrevivência depende disso. Sua sanidade depende disso mas, ao mesmo tempo, lidar com o desconhecido tão constantemente parece apenas outro modo de enlouquecer. Essas sensações dos personagens ficam gravadas em quem lê: Nos lembramos de nossos próprios medos. Nos imaginamos em todas as situações horríveis que estão descritas nas páginas.
Cada personagem tem a uma história cheia de cicatrizes fascinante. Fiquei admirada com as lembranças e sensações que o livro proporciona. As cenas arrepiam, assustam, emocionam.
Terminei de ler na madrugada de hoje e já estou pensando em reler. Caixa de Pássaros acaba de entrar na minha lista de favoritos! E, se você decidiu ler, lembre-se: Não abra os olhos.
Atualizado: A Universal Studios comprou os direitos do livro, então podemos comemorar: vai ter filme! A direção será de Andrés Muschietti, de Mama. (Fonte)
Nota: 5 estrelas de 5.
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