Resenha: A Herdeira.

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ATENÇÃO! Contém spoilers de A Seleção, A Elite e A Escolha! Não continue a ler este post se não quiser ter surpresas.


A Herdeira é o quarto livro da série de A Seleção, da autora Kiera Cass. No último livro, A Escolha, Maxon e America finalmente ficam juntos, depois de muitos problemas. Como o rei e a rainha morreram no último ataque rebelde sulista, além de se casarem, Maxon e America assumem os tronos de Illéa. Com o tempo, eliminam as castas e os problemas diminuem drasticamente, de início. A Herdeira vem nos contar o que está acontecendo 18 anos depois de A Escolha, quando novos problemas começam a surgir. Parte da população não está tão contente com a nova versão do país.

Mas antes dos problemas, vamos às boas notícias. Maxon e America vivem felizes e formaram uma família. Algum tempo depois do casamento, America fica grávida, e de gêmeos! Uma menina e um menino. E um fato curioso é que a menina nasceu primeiro. Ignorando a tradição de que apenas meninos podem assumir o trono, o casal decide fazer da filha a herdeira do país.

Agora voltemos aos problemas. Sem saber mais o que fazer para acalmar os nervos de seu povo, Maxon propõe a filha herdeira, Eadlyn, que realizem uma nova Seleção, que trará um novo príncipe, vindo do povo (assim como sempre aconteceu em Illéa) para que as pessoas voltem a perceber que também fazem parte das escolhas. Eadlyn não gosta nada da ideia e faz de tudo para impedir que aconteça, mas o futuro do país precisa vir em primeiro lugar se você pretende governá-lo bem um dia.

Não preciso nem dizer que muita confusão vai sair daí, não é? Eadlyn puxou muito do gênio forte e teimosia de seus pais, ou seja, veio tudo dobrado. A garota é osso duro de roer. Além de que ninguém tem mais poder do que ela. Ela simplesmente não aceita a ideia de escolher um marido, alguém para amar, dessa forma. Mas como querer não é poder, ela vai ter que dar um jeito de se virar com as opções que receber.

Falando da minha opinião agora, eu esperava muito mais desse livro. Comecei a lê-lo com as expectativas nas alturas e, talvez por isso, esse volume não me cativou tanto quanto os três primeiros. Tudo acontece rápido demais, os eventos se atropelam um pouco e eu não consegui me afeiçoar a ninguém de primeira. E além dessas coisas, eu esperava ver muito mais interação entre o casal Schreave e seus filhos, mas como o foco foi a Seleção e a narrativa é feita pela Eadlyn, compreendo por que isso acontece pouco.

Nos termos técnicos, Kiera ainda é impecável. A escrita é excelente, o que ajuda a prender a atenção do leitor. Mesmo com os eventos acontecendo mais rapidamente ainda temos clara noção de tudo que se desenrola. De forma mais acelerada, mas temos. Os personagens são claros e objetivos. O começo, meio e fim, recheados de problemas para resolver, estão presentes, como era de se esperar. O livro não é nada de muito inovador, quando comparado com seus antecessores. Sinto que ele foi escrito e publicado mais para mostrar aos fãs como andam as coisas com a vida de personagens que foram tão queridos e bem aceitos.

Recomendo a leitura, principalmente para os fãs prévios da série. Não acho que teria problema se alguém quisesse começar por esse livro, mas talvez faltem algumas informações. De qualquer forma, espero que seja uma boa distração e que a leitura sirva ao propósito de acalmar o coração em relação ao futuro dos personagens. Lembrem-se que Kiera faz coisas inesperadas, então se preparem para o final!

Nota: 4 estrelas.
(A nota máxima concedida pelo blog é 5 estrelas)


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